Tem mais de 50 anos e é mulher? Faça musculação, pela sua saúde!
Quando se chega aos 50 anos, muita coisa muda, para a maioria das mulheres. Parece que é quase impossível respirar sem engordar. Basta olhar para um queque e já se sente a barriga a crescer. Aquelas calças que antes nos deixavam um traseiro de respeito, agora parece que têm tecido de sobra. Ou seja, fazer 50 anos é o começo do declínio feminino.
Só que não.
É perfeitamente possível contrariar a desaceleração natural do metabolismo e consequente perda de massa muscular, acompanhada por um aumento indesejado de massa gorda, espalhada pelos sítios mais ingratos, com algo que junta duas variáveis perfeitamente controláveis por qualquer mulher. Quais são essas duas maravilhas que nos vão permitir continuar fantásticas por muitos anos? Quem adivinha?
- Alimentação saudável (não é o mesmo que dietas restritivas),
- e musculação.
“Oh, mas eu não quero ficar com muito músculo, não quero parecer um homem”…
Quem?!
Não corremos esse risco e muito menos a partir dos 50 anos, a não ser que tomem alguma “pílula mágica”, porque não produzimos testosterona em quantidade suficiente para nos fazer parecer masculinizadas. O risco que corremos é apenas de ficar mais saudáveis, mais fortes e com um silhueta mais definida. Podemos ainda melhorar a nossa actividade vascular, aumentar a nossa taxa metabólica e ainda melhorar na nossa capacidade funcional.
Vantagens de “pegar em pesos” nas mulheres, a partir dos 50 anos
- Quanto mais massa muscular existe no nosso corpo, mais elevada é a nossa actividade metabólica, algo que tende a desacelerar com o passar dos anos. Um pouco mais de massa muscular, não nos vai fazer emagrecer através do um metabolismo super acelerado (não podemos prometer milagres) mas a verdade é que há uma ligação directa entre mulheres com mais de 50 anos, que praticam musculação, e um índice inferior de massa gorda.
- Quando se começa a fazer dieta para perder massa gorda, corre-se sérios riscos de perder massa muscular, também. A melhor forma de evitar que isto aconteça é fazer musculação e ter uma “dieta” com um bom aporte proteico.
- O treino de musculação reduz o risco de sarcopenia, que é a perda de massa muscular que está, normalmente, associada ao aumento da idade e que pode trazer consequências negativas ao nível da saúde óssea, bem como um risco acrescido de obesidade e de doenças metabólicas. Pode ainda ter como consequências perda de equilíbrio e de capacidade funcional (Por exemplo: ir às compras, levantar-se de uma posição sentada, andar facilmente)
- Músculos mais fortes ajudam a ter ossos mais fortes. Outro dos efeitos da baixa actividade física, a partir dos 50 anos, é a perda de densidade óssea, o que aumenta o risco de osteoporose e de fracturas. A partir da menopausa, com a consequente ausência de estrogênio no organismo, os ossos tendem a ficar menos densos, uma vez que esta hormona é responsável por manter o conteúdo de minerais nos ossos. Ao praticar musculação, criamos um factor de stress mecânico, positivo, sobre os ossos, forçando-os a manter a sua integridade e resistência.
- Outros benefícios são: aumento da líbido, maior autoconfiança e um menor risco de diabetes e doenças cardiovasculares.
Espero que aqui já não restem dúvidas sobre os benefícios de praticar musculação, depois dos 50 anos. Mas a fim de potenciar estes benefícios é necessário ter em atenção outros fatores como a alimentação e estilo de vida, que inclui descanso e boas horas de sono.
Falaremos sobre a nutrição mais adequada a este tipo de treino e daremos alguns exemplos de exercícios mais indicados, de uma forma generalista, sendo que cada pessoa é um caso e deve ser sempre aconselhada por um profissional de actividade física sobre os exercícios mais indicados à sua realidade e capacidade actual, num próximo artigo.
Fiquem atentas 😉